Aqui estou de poeta e de passagem.
Das 25 pombas deste Abril
As melhores levo em versos na bagagem.
Pelo hálito do medo que já volta
E cada uma delas é uma concha
Carregando uma pérola de revolta.
Que já da liberdade os trevos pisa
E cada uma delas é um rio
Desfiando uma prata insubmissa.
For num desvão de Abril apunhalado
Onde a vida reclama a plenitude
É que o poeta é febre é raiva é dardo.
Com uma flecha de música no flanco,
É toda a luz na boca e liberdade
É o mais certeiro tiro do seu canto.
O poeta sem repouso no combate,
A luta não termina quando perde
A cor nos cravos que a escuridão abate.
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