Heba Zagout, "Gaza Peace", 2021.
Por estes não há carpideiras que se escutem, a comoção
universal das redes está no congelador a poupar-se para o amor e a paz servidos
à mesa pomposa do Natal.
Pois fiquem todos sabendo que Heba Zagout foi assassinada
pelas bombas de Israel. Não foi sozinha para o outro mundo, levou consigo, nos
braços mortos, dois filhos: Adam e Mahmoud.
Mohammed Sami Qariqa, outro artista da Palestina sem
direito a lamentações, também já não pinta neste mundo. As bombas israelitas
desfizeram-lhe o corpo em pedaços.
Hiba Abu Nada, poeta e romancista, também seguiu pelo
mesmo caminho. O Ministro da Cultura da Palestina diz que morreu com o filho
sob os escombros provocados pelos bombardeamentos da democracia governada por
Netanyahu, o facínora que muita gente dita de bem continua a apoiar
incondicionalmente. Da autora premiada, agora morta, eis os últimos versos.
Foram publicados no Twitter:
Gaza’s night is dark apart from the glow of rockets,
quiet apart from the sound of the bombs,
terrifying apart from the comfort of prayer,
black apart from the light of the martyrs.
Goodnight, Gaza.
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