segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

OS LUCROS DA IMIGRAÇÃO

 

Imprimam em pano, encharquem e chapem com ele nas fuças do Ventura e de todos os burgessos que se queixem dos monhés que andam para aí e dos racistas preocupados com a teoria da substituição e dos xenófobos para quem a causa dos problemas do país são os imigrantes, esquecendo banqueiros corruptos, relações promíscuas do poder político com o poder económico, a justiça caracol, os trafulhas que o povo adora e a quem beija a mão, chamem-se Berardo, Luís Filipe Vieira ou outra treta qualquer. Isto é mesmo para divulgar muito, fazer circular, mostrar, obrigar a ler, que os pulhas andam aí e estão desertos para tomar conta disto embalados por mentiras com que infectam o debate público.

1. "Os estrangeiros têm uma taxa de actividade mais alta do que os portugueses, mas estão em trabalhos precários, mal pagos, mais arriscados, em sectores como a construção civil, a hotelaria e restauração e o serviço doméstico. Estando em categorias abaixo das suas qualificações, também trabalham mais horas semanalmente do que os portugueses. No entanto, e apesar de terem uma taxa de desemprego mais do dobro da dos portugueses, e com menos contratos sem termo, recorrem muito menos às prestações da Segurança Social."

2. "Em 2022 foram responsáveis por um saldo positivo de 1604,2 milhões de euros da Segurança Social. Com os imigrantes a pesarem 7,5% no total da população, aquele foi, de resto, “o valor mais elevado de sempre”, representando quase o dobro do que aconteceu quatro anos antes, em 2019, quando os estrangeiros representavam apenas 5,7% de todos os residentes."


3. "Em 2021, as contribuições dos estrangeiros para a Segurança Social tinham chegado aos 1293,2 milhões de euros. Desdobrando, em 2022 os estrangeiros contribuíram com 1861 milhões de euros à Segurança Social e só beneficiaram de cerca de 257 mil euros. No total, os estrangeiros representaram 13,5% dos contribuintes do sistema de segurança social."

4. "De acordo com o documento de 400 páginas, também em 2022, como em anos anteriores, se manteve a tendência de os estrangeiros terem maior capacidade contributiva do que os nacionais para o sistema de segurança social: foram 87 contribuintes por cada 100 residentes, quando em relação aos portugueses esse número foi de quase metade, de 48 contribuintes por cada 100."

5. "A média geral das remunerações foi de 1081 euros para os portugueses, versus 1024 para os estrangeiros."

6. "Os imigrantes já são mais de 750 mil, mas o seu peso (7,5% da população) não chega para colocar Portugal entre os países europeus com maior número de estrangeiros. Pelo contrário: de acordo com o relatório, Portugal está no 18.º lugar entre os 27 países da União Europeia com mais imigrantes — o Luxemburgo está no topo, com quase metade da população estrangeira."


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