terça-feira, 19 de dezembro de 2023

SENHOR DOS PASSOS

Ver Pedro Passos Coelho nas televisões a afirmar que António Costa se demitiu “por indecente e má figura” é tão caricato quanto apanhar o Miguel Relvas a comentar sobre a necessidade de credibilizar a vida política portuguesa. O segundo, já sabemos, aldrabou habilitações académicas com o intuito de contribuir para a tão urgente credibilização. O primeiro, esse, é lembrar os títulos:

"Passos não pagou Segurança Social porque "não tinha consciência que essa obrigação era devida". Passos Coelho garante que não fez descontos para a Segurança Social entre 1999 e 2004 apenas porque "não tinha consciência que essa obrigação era devida durante esse período"." (Observador, 2 de Março de 2015)

"Bruxelas diz que houve fraude na empresa de Passos Coelho. O gabinete anti-fraude da Comissão Europeia (OLAF) contraria as conclusões do Ministério Público (MP) português e considera que a Tecnoforma cometeu "graves irregularidades" na gestão de fundos europeus." (Diário de Notícias, 13 de Novembro de 2017)

Esta gente não tem vergonha nenhuma na cara. Mas têm clubes de fãs, lá isso têm. Mais estas memórias num artigo do Pedro Tadeu partilhado nos comentários:

"Miguel Relvas demitiu-se por causa de uma licenciatura duvidosa, a ministra Assunção Cristas revelou que deu o seu acordo ao processo de resolução do BES na praia, por SMS, naquilo a que chamaram "conselho de ministros virtual"; o vice-primeiro-ministro Paulo Portas apresentou uma demissão "irrevogável" que cancelou pouco depois; a privatização da TAP, que permitiu um negócio suspeito a David Neeleman com os aviões Airbus, foi decidida com um Governo, na prática, demissionário; houve o escândalo das swaps, inventaram-se os "vistos gold", acabaram-se com vários feriados, etc., etc..."

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