1. "Uma médica australiana que coordenou a ajuda médica a Gaza expressou horror perante a “enorme proporção de crianças que são mortas ou mutiladas para o resto da vida”, uma vez que o Conselho de Segurança da ONU adiou novamente a votação de uma resolução de cessar-fogo. Natalie Thurtle, que ajudou a supervisionar a resposta dos Médicos Sem Fronteiras até à semana passada, disse que a situação é “muito perigosa para os colegas que tentam prestar cuidados de saúde quando é possível levarem um tiro pela janela do hospital”. Enquanto o número de mortos relatado em Gaza ultrapassava os 20.000 e França apela a Israel para “parar” as operações militares em larga escala, Thurtle diz que é “impossível estabelecer uma resposta significativa a esta catástrofe devido à actividade militar em curso”."
2. "Mais de 8.000 palestinianos estão detidos em prisões israelitas, no meio de uma forte onda de prisões e detenções em Gaza e na Cisjordânia desde os ataques de 7 de Outubro perpetrados pelo Hamas, segundo grupos de direitos humanos. Addameer, um grupo de direitos humanos que apoia prisioneiros políticos palestinianos, disse que são às centenas os detidos de Gaza, incluindo 123 mulheres, embora o número real possa ser muito maior. No início deste mês, o Clube dos Prisioneiros Palestinianos, um grupo de defesa que mantém um registro dos detidos da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém Oriental, disse que havia cerca de 7.800 prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas, o maior em pelo menos 14 anos. O número de pessoas detidas em detenção administrativa – indefinidamente e sem acusação formal – atingiu um máximo histórico, afirmaram os activistas. Oitenta por cento dos detidos desde 7 de Outubro enquadram-se nesta categoria, disse Tala Nasir, uma advogada que trabalha com Addameer."
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