Em 2 anos, o PS perdeu 486 700 votos.
Em 2 anos, o Chega ganhou 723 191 votos.
Em 2 anos, o PAN perdeu 33 322 votos.
Em 2 anos, o Livre ganhou 130 915 votos.
Em 2 anos, a CDU perdeu 34 080 votos.
Em 2 anos, o BE ganhou 33 739 votos.
Em 2 anos, a AD ganhou 146 676 votos.
Em 2 anos, a IL ganhou 43 619 votos.
A abstenção acordou e votou Chega. Houve
uma deslocação de votos do PS para o Chega. Estas são as únicas duas conclusões
óbvias.
O crescimento do Chega resulta de um
país cada vez mais assimétrico, é de raiva contra a percepção errada, veiculada
pelos média, de um país corrupto. E é de adesão à narrativa anti-imigração. O
Chega cresce mais onde há mais imigração. Isto revela não só um país,
aproxima-nos do resto da Europa. Em Itália, Meloni chegou ao poder. Em
Portugal, Ventura também chegará se as forças democráticas não souberem dar
resposta ao que andaram a disfarçar durante 50 anos: o país que temos, a gente
que somos. Um país conservador, subordinado, católico, uma gente invejosa,
racista. Nos Lusíadas já era assim.
Uma aposta: a grande discussão na
próxima semana será sobre as razões do crescimento do Chega. Uma certeza:
ninguém vai dizer a verdade. Somos um país racista, com uma justiça de merda e
uma educação deficiente.
1 comentário:
"no país no país no país onde os portugueses
são só até ao joelho
e o tecto está baixo.
só te posso dizer
aqui desde o exílio
que sou um cidadão do Mundo."
Saúde!
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