segunda-feira, 11 de março de 2024

LEGISLATIVAS

 
Em 2 anos, o PS perdeu 486 700 votos.
Em 2 anos, o Chega ganhou 723 191 votos.
Em 2 anos, o PAN perdeu 33 322 votos.
Em 2 anos, o Livre ganhou 130 915 votos.
Em 2 anos, a CDU perdeu 34 080 votos.
Em 2 anos, o BE ganhou 33 739 votos.
Em 2 anos, a AD ganhou 146 676 votos.
Em 2 anos, a IL ganhou 43 619 votos.
 
A abstenção acordou e votou Chega. Houve uma deslocação de votos do PS para o Chega. Estas são as únicas duas conclusões óbvias.
 
O crescimento do Chega resulta de um país cada vez mais assimétrico, é de raiva contra a percepção errada, veiculada pelos média, de um país corrupto. E é de adesão à narrativa anti-imigração. O Chega cresce mais onde há mais imigração. Isto revela não só um país, aproxima-nos do resto da Europa. Em Itália, Meloni chegou ao poder. Em Portugal, Ventura também chegará se as forças democráticas não souberem dar resposta ao que andaram a disfarçar durante 50 anos: o país que temos, a gente que somos. Um país conservador, subordinado, católico, uma gente invejosa, racista. Nos Lusíadas já era assim.
 
Uma aposta: a grande discussão na próxima semana será sobre as razões do crescimento do Chega. Uma certeza: ninguém vai dizer a verdade. Somos um país racista, com uma justiça de merda e uma educação deficiente.

1 comentário:

Transhümantes disse...

"no país no país no país onde os portugueses
são só até ao joelho
e o tecto está baixo.
só te posso dizer
aqui desde o exílio
que sou um cidadão do Mundo."


Saúde!