Desconfiem de tudo o que vem na imprensa, a grande
aldrabona. O que interessa é isto:
DOMESTICADORA DE GIRASSÓIS: um fantasma, uma
domesticadora de girassóis e um mendigo. O MURO: um anão que gagueja chamado
Gonçalo, Zé Lampreia, Cesaltina, Mafalda, a irmã do anão, os índios do bairro.
O HOMEM QUE OBSERVAVA O TRÂNSITO: um homem, uma árvore falante, um esquilo.
RASGAR UMA COR: Elvin, o cinquentenário que vive com a mãe, a psiquiatra. NOITE
EM BRANCO: Armando, o tipo que trabalha na livraria do shopping, Graça, a
confidente. DAR NOME AO CHEIRO: Armando e o pai cataléptico, a mulher de
Armando, Graça, a filha. TRÍPTICO CONTEMPORÂNEO: Caravaggio, Géricault,
Artemisia. BESTA: um mendigo, o homem do fraque, um casal à mesa num
restaurante. O TEMPO E O QUARTO (Botho Strauß): Prometeu foi ao teatro, a
mulher de Prometeu pensa na filha desaparecida, de seu nome Graça. MELHOR
JOGADOR EM CAMPO: primeira pessoa, um jogo, a sorte, futebol. UM LUGAR NO
MUNDO: Eleutério, Graça, a confidente, a psiquiatra. OS RESPIGADORES E A
RESPIGADORA (Agnès Varda): Agnés, o lixo, homens-cão, mulheres-porco, etc. E um
achado misterioso. TAMBÉM O VENTO É CEGO: Werner, o morto. SOBRE O AUTOR: 50
parágrafos mais 9 meses de gestação. Fantasmas.
E uma epígrafe de Beckett, sobre fantasmas, depois de uma
epígrafe de Lucia Berlin, em “A Festa dos Caçadores”, também sobe fantasmas.
Porque isto anda tudo ligado.
O resto é com o leitor, queira ele dar-se ao trabalho. "Domesticadora de Girassóis" pode ser adquirido na Snob, na Companhia das Ilhas, na Bertrand, na Almedina, na Wook...
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