sexta-feira, 4 de outubro de 2024

O CRISTO

 

Há um triplo homicídio e logo surge a expressão "onda de crime". A comunicação social, ávida de audiências, transforma a onda num canhão da Nazaré. O Chega surfa o canhão e faz do fenómeno um tsunami. Ora bem, o que torna o triplo homicídio particularmente chocante é a sua excepcionalidade num país como o nosso. O último de que me recordo foi em 2017, o do tal Pedro Dias, português de bem que, como qualquer português de bem, não era imigrante nem cigano nem negro. Não há nenhuma onda de crime, o que há, de facto, é uma disseminação oportunista do sensacionalismo, maná dos populistas que cavalgam o medo e nos minam o espaço mediático com o ódio. Dizem-se todos muito católicos e cristãos. Infelizmente, não praticam os aconselhamentos do senhor Jesus. O Cristo.

Sem comentários: