Frequento um café aqui no bairro que me agrada
particularmente pelo matiz multicultural. Entre o povo, uma habitué da secção
reformados cumprimenta-me sempre com a mesma conversa. Faça chuva ou faça sol,
independentemente do boletim meteorológico, lá vem a pergunta do costume:
"Ó vizinho, acha que hoje inda vem chuva?" Não sei a que chuva se
refere, dessa que molha, da cuspida pelas raspadinhas e quejandos ou de chuvas
douradas. Enfim, não sei nem quero saber, mas parece-me pergunta mais acertada,
na sua precisão, do que o enfastiado "Tudo bem?" À chuva responde-se
facilmente sem ser desonesto, à segunda é mais difícil sem passar por agente
tóxico.
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