segunda-feira, 21 de abril de 2025

PAPAS

 
Que me lembre, desde que nasci levei com o Paulo II, o Bento XVI e o Francisco. Do Paulo I não me lembro. Nestes 50 anos, a Igreja Católica Apostólica Romana continuou misógina e homofóbica. Nada mudou, a não ser a revelação de inúmeros crimes de pedofilia que foram sendo sucessivamente abafados, silenciados, varridos para baixo do tapete, a despeito dos mea culpa que Deus Nosso Senhor está sempre pronto para ouvir e perdoar. Mais do que a notícia da morte do Papa, interessa-me esta outra também muito recente: «Amnistia papal 'salva' militares que não denunciaram violação de mulher. O caso remonta a 2022 e envolve a partilha de um vídeo de uma violação cometida por um militar. Apesar dos colegas que assistiram ao vídeo não terem denunciado o crime, não foram punidos devido à amnistia aprovada com a vinda do Papa Francisco a Portugal, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude.» Chorem pois muito estas perdas, ó carpideiras da hipocrisia universal.

1 comentário:

Carlos Paredes de Coura disse...

O teu partido não está apenas vergado a isto tudo, o teu partido já está completamente minado pela icar e só ceguinhos como tu é que não conseguem ver as piruetas que o comité central faz para promover a padralhada. Basta ler o comunicado que hoje o PCP deitou cá para fora. E lê tambem o que escreveu sobre a amnistia

Desde logo, não nos parece que a aprovação de uma amnistia a propósito da realização no nosso país das Jornadas Mundiais da Juventude venha lesar gravemente o princípio da laicidade do Estado. Não estamos apenas a falar de uma visita do Papa a Portugal. Visitas de papas a Portugal têm sido diversas. João Paulo II visitou Portugal diversas vezes, o mesmo aconteceu com Bento XVI e mesmo o Papa Francisco já visitou Portugal sem que alguém tenha proposto qualquer amnistia. Se se tratasse de uma qualquer visita do Papa já a proposta seria discutível do ponto de vista da laicidade do Estado. Sendo a propósito de uma iniciativa ecuménica que reunirá por uma vez centenas de milhares de jovens entre nós, a avaliação deve ser outra.