sábado, 5 de janeiro de 2019

O MELHOR DOS LIVROS EM 2018


Lê-se pouco e mal em Portugal. Em não chegando a percepção de amigos que andam lá por fora, podemos sustentar a conclusão com estudos sociológicos internos: «Apesar de concordar que os hábitos de leitura aumentaram, 68 por cento dos portugueses considera que no país se lê menos do que no conjunto da União Europeia. (…) A maior parte dos inquiridos, 79 por cento, reconhece a utilidade da leitura, enquanto menos da metade, 44 por cento, afirma ter hábitos de leitura». O que significa que 56% dos inquiridos afirmam não ter hábitos de leitura. Quem diz a verdade não merece castigo. Mas dos que dizem tê-los, quais serão os seus hábitos? O livro mais vendido em 2018 na livraria onde trabalho foi “A Arte Subtil de Saber Dizer Que se Foda”. Em 2017 foi o das piadas secas. Venha o diabo e escolha. Descontando livros de leitura obrigatória, lá aparecem no top José Rodrigues dos Santos, Ricardo Araújo Pereira, Nicholas Sparks, Raul Minh’Alma e a youtuber Sea3PO. Sejam bem-vindos aos hábitos de leitura dos portugueses. O cenário é tanto mais preocupante quanto de dia para dia nos confrontamos com o encerramento de livrarias ditas independentes, aquelas onde o livro de uma forma geral, por não estar sujeito às regras do marketing contratado, tem alguma oportunidade de exposição. Na maior rede de livrarias do país o espaço encurta-se, os duplos, triplos e quíntuplos facings absorvem território como o mar come a terra. Há um grave problema ambiental no mercado livreiro português. Aguardem pelas redes de arrasto da Amazon que a coisa ainda ficará mais bonita. Dito isto, vamos às escolhas do ano para a Antologia do Esquecimento (foi consultada para o efeito uma vasta lista de personalidades, entre as quais se inclui um cadáver escrevente):

Melhor Cinta

Lucia Berlin, “Anoitecer no paraíso”, trad. Ester Cortegano, Alfaguara, Novembro de 2018.

Ano fraco em matéria de cintas, quase sempre correctivas ou chamando atenção para prémios e adaptações telecinematográficas. Lucia Berlin é a contista do momento. Merece, depois da vida que teve. Acontece aos melhores só serem lembrados quando já não respiram.

Melhor Sobrecapa

Umberto Eco, “Aos Ombros de Gigantes”, trad. Eliana Aguiar, Gradiva, Outubro de 2018.

Certamente um dos livros do ano. A capa rija, envolta em sobrecapa mole, confere-lhe uma dignidade em concordância com o estatuto de Umberto Eco. Lá para o final, refere-se o autor aos êxtases místicos da salesiana Marguerite Marie Alacoque. É de dar a volta ao estômago.

Melhor Capa

Henry David Thoreau, "Uma Semana nos Rios Concord e Merrimack", trad. Luís Leitão, Antígona, Janeiro de 2018.

O primeiro livro do grande mestre chegou finalmente às livrarias portuguesas. Carolina Celas é a autora da ilustração de capa, onde tudo se equilibra em honra de Thoreau. O verde da natureza, o barquinho cor de fogo, o azul nas letras do título. Como um céu.

Melhor Contracapa

Rui Caeiro, “Diálogos Marados/Um Maluco Vem Pousar-me Na Mão”, Livraria Snob, Março de 2018.

Para sermos exactos, não há capa nem contracapa neste pequeno mas agradabilíssimo livro. Trata-se de um 2 em 1, pelo que a capa tanto pode ser contra como a favor. De um lado memórias com poesia, do outro poesia com memórias. Pequenas histórias.

Melhor Primeira Badana

Julio Cortázar, “Os Prémios”, trad. Isabel Petermann, Cavalo de Ferro, Março de 2018.

Em matéria de badanas o ano também foi fraco, pelo que me sinto obrigado a ceder ao convencional. O primeiro romance publicado por Cortázar chega-nos pela mão da Cavalo de Ferro, com uma primeira badana generosa que não esqueceu a fotografia do autor e uma acutilante síntese da sua obra.

Melhor Segunda Badana

Charles Bukowski, “Os cães ladram facas”, trad. Rosalina Mashall, Alfagura, Novembro de 2018.

Com selecção de Valério Romão, esta antologia da poesia do maldito norte-americano vem preencher uma lacuna nas poucas estantes portuguesas onde cabe poesia traduzida. Na segunda badana optou-se pela reprodução de um poema pedagógico que aqui resumimos em quatro versos: «Vai ao Tibete. / Anda de camelo. / Lê a bíblia. // (…) Mas não escrevas poesia.»

Melhor Lombada

Vitorino Neméio, “Poesia (1916-1940)”, Companhia das Ilhas/IN-CM, Setembro de 2018.

Mistério que não me cabe decifrar: como é que a imprensa portuguesa dita da especialidade persiste em não fazer caso dos esforços levados a cabo por uma pequena editora sediada no Pico? O primeiro volume das anunciadas Obras Completas de Vitorino Nemésio aí está, em lombada elegante e irrepreensível. Tendo em conta a relevância do autor, não é apenas grave o descaso nas listas de fim de ano. É pura incompetência.

Melhor Guarda

Yannis Stiggas, “Exupéry significa perder-se”, trad. José Luís Costa, Douda Correria, Abril de 2018.

Um grego contemporâneo entre nós, graças à mais prolífica das editoras marginais portuguesas. As ilustrações são de Tiago Cutileiro, com base no mito de Pégaso. Um verso: «No fundo, o que mais me interessa são as coisas partidas».

Melhor Corte Superior

Herberto Helder, “em minúsculas – crónicas e reportagens de Herberto Helder em Angola”, Porto Editora, Abril de 2018.

Com um império alicerçado na produção de livros escolares, a Porto Editora imbuiu-se de espírito de missão e açambarcou para si a obra de Herberto Helder. Em 2018 recuperou textos jornalísticos publicados entre 1971 e 1972. Que mais irá recuperar, é dúvida que não nos assiste.

Melhor Corte Dianteiro

António Cabrita, “Oitenta flechas para atrair a cotovia – Livro I”, Douda Correria, Abril de 2018.

Surge anunciado como o primeiro de vários volumes cuja missão consistirá em reunir a obra poética de António Cabrita. O editor diz que o autor é o maior dos vivos entre nós. O autor diz que se pudesse não tinha escrito estes livros, foram-lhe impostos. Bem-aventurada servidão.

Melhor Corte Inferior

Eduardo Quina, “Maligno”, Cosmorama, Maio de 2018.

Quase tudo é negro neste pequeno livro, editado com descrição mas inquestionável devoção à arte poética. Nele se retoma a questão levantada por Adorno acerca das possibilidades da poesia depois de Auschwitz. A poesia morreu? A poesia não interessa? Será possível a poesia?

Melhor Folha de Guarda

Valério Romão, "Cair Para Dentro", Abysmo, Fevereiro de 2018.

O homem do ano para a revista não sei quantos é autor de um dos melhores romances do ano em língua portuguesa. A edição cuidada da Abysmo abre com um caderno de ilustrações de Alex Gozblau que resulta numa belíssima síntese do excelente título “Cair Para Dentro”.

Melhor Folha de Rosto

Hugo Milhanas Machado, “Um longo tempo nos pulos do mar”, com ilustração de Patrícia Guimarães, Douda Correria, Fevereiro de 2018.

Nesta entusiasmante incursão pela prosa, Hugo Milhanas Machado não se afastou um milímetro do seu universo solar: praia, férias, pescadores, amigos, mar. Os movimentos marítimos oferecem ritmo aos textos, que se lêem como quem flutua. Belíssima solução para a folha de rosto, numa composição assinada por Joana Pires.

Melhor Dobra

Rui Baião, “qb”, Sismógrafo, grafismo de Paulo da Costa Domingos, Dezembro de 2018.

A derradeira grande surpresa de 2018 foi-nos reservada por um poeta avesso à exposição. Trata-se de uma folha-volante, integrada na Colecção Panorama coordenada por Paulo da Costa Domingos e por Óscar Faria. Uma folha A3 dobrada em 8 partes, um poema.

Melhor Formato

António Miranda, “Só Esperava a Viagem Prometida”, volta d’mar, Junho de 2018.
Joseph Brodsky, “Marca de Água — Sobre Veneza”, trad. Ana Luísa Faria, Relógio D’Água, Janeiro de 2018.

Dois formatos semelhantes que representarem realidades distintas: os livrinhos de poesia da marginal volta d’mar e a colecção de literatura de viagens da Relógio D’Água. Em ambos coincide a temática da viagem. O livro de Brodsky é uma pérola que não pode passar despercebida.

Melhor Impressão

Amalia Bautista, “Coração Desabitado”, trad, Inês Dias, Averno, Maio de 2018.

Já não é novidade para ninguém o cuidado e o amor que a Averno coloca nos livros que vai editando. Com desenhos de Débora Figueiredo, esta antologia de Amalia Bautista está entre o que de mais respirável se vislumbra no claustrofóbico ambiente nacional.

Melhor Miolo

Manuel Resende, “Poesia Reunida”, Edições Cotovia, Abril de 2018.

O gesto de reunir a poesia de Manuel Resende é em si mesmo um acontecimento. Acompanhados, no final, por um ensaio de Osvaldo M. Silvestre, estes poemas voltam a ter uma mais que devida oportunidade. Clique na imagem para conferir.

Melhor Título

Valério Romão, "Cair Para Dentro", Abysmo, Fevereiro de 2018.
Nuno Dempster, “Há rios que não desaguam a jusante”, Companhia das Ilhas, Outubro de 2018.

Um ex aequo. O encerramento de uma trilogia de Valério Romão e a estreia no romance do poeta Nuno Dempster. Sobre o primeiro já tudo foi dito, sobre o segundo ainda não ouvi nada a ninguém. Dada a extensão do volume, damos o benefício da dúvida. Aguardemos.

Melhor Dedicatória

António Cabrita, “A Paixão Segundo João de Deus”, Editora Exclamação, Maio de 2018.

Toda esta paródia de António Cabrita é uma homenagem ao universo do cineasta João César Monteiro. Assim sendo, poderei considerar o livro inteiro uma extensa dedicatória. Não lhe fica mal, até pelo assumido gesto lúdico do texto.

Melhores Epígrafes

Fernando Machado Silva, “Um Espelho Para Reproduzir as Mutações da Vida”, Companhia das Ilhas, Abril de 2018.
Eduardo Galeano, “Espelhos – Uma História Quase Universal”, trad. Helena Pitta, Antígona, Junho de 2018.

Como se escolhe uma epígrafe? Buscando síntese ou mote, testemunho por identificação, referência, assumida influência. A seu tempo, dedicarei maior atenção a estes dois livros. Resta esclarecer que a do lado esquerdo é do Silva, a do direito reporta ao Galeano. Clique para ver melhor.

Melhores Agradecimentos

Tatiana Faia, “Um Quarto Em Atenas”, Tinta-da-China, Janeiro de 2018.

Foi o livro de poesia portuguesa contemporânea que mais gostei de ler durante o ano que passou. A diferença entre o que considero ser poesia e fogo-de-artifício podia ser explicada através de uma leitura comparada entre dois livros desta mesma colecção. Infelizmente não tenho tempo. Nos agradecimentos finais, a autora faz o sublinhado acima reproduzido.

Melhor Prefácio & Melhor Posfácio

Eduardo Guerra Carneiro, “Mil e Outras Noites”, prefácio e posfácio de Vitor Silva Tavares, Língua Morta, Maio de 2018.

Foi o livro de poesia que mais gostei de ler em 2018. O prefácio e o posfácio são involuntários, resultam de uma inteligente opção editorial. Ninguém melhor que Vitor Silva Tavares para alumiar Eduardo Guerra Carneiro. De ambos, restam-nos as palavras. E não é pouco.

Melhor Nota de Rodapé

José Sesinando, “Obra Perfeitamente Incompleta”, Tinta-da-China, Junho de 2018.

José Sesinando, isto é, José Palla e Carmo, é um desconstrutor por excelência. Incluído na colecção de humor coordenada por Ricardo Araújo Pereira, o tal que salva os tops da absoluta mediocridade, este livro está repleto de excelsas notas de rodapé. Fica uma, ao alto, como mera ilustração. Clique-se.

Melhor Sumário

Sam Shepard, “Espião na Primeira Pessoa”, trad. Salvato Telles de Menezes, Quetzal, Agosto de 2018.

Um livro que é uma comoção, todo ele perfeito. Podia levar também os prémios de melhor capa, melhor formato, etc.. O sumário vem no fim e reproduz-se aqui. Shepard foi um dos autores que, a dada altura, mais influenciou a escrever contos este vosso anfitrião. Portanto, respect.

Melhor Cólofon

COPO, “Poesia de Entretenimento Científico”, Boca, algures num mês de 2018.

Que me recorde, foi o pior ano em matéria de “colofões” desde que me meti nesta aventura. Podia ter-me metido nas drogas, o que seria bem melhor. Neste livrinho amistoso, a última página reproduz índice, ficha técnica, agradecimentos. Consideremos colofão o CD apenso no final.

Melhores Colecções

Colecção Mão Dita, Abysmo.
Série mundo da Colecção azulcobalto/teatro, Companhia das Ilhas.

Poesia e teatro, duas formas resistentes no campo de batalha do mercado literário. Se poucos compram poesia, quase nenhuns lêem teatro (quanto mais comprá-lo). Neste caso, o teatro tem ainda contra si não ser facilmente partilhável através do copy que a poesia inspira nas redes sociais. Parabéns à Abysmo por insistir na poesia, parabéns à Companhia das Ilhas por insistir no teatro.

Melhor Bibliografia

Gary Snyder, “A Prática da Natureza Selvagem”, trad. José Miguel Silva, Antígona, Julho de 2018.

Não é extensa, mas está recheada de bons e nutritivos conselhos. Serve a categoria igualmente, confessemos, para recordar um dos melhores livros publicados entre nós no ano que passou. Convém lê-lo e divulgá-lo antes que por incúria e politiquices deixemos que dêem cabo da maior de todas as nossas mães.

Melhor Tradução

Henri Michaux, “Moriturus e Outros Textos”, trad. Rui Caeiro, Língua Morta, Abril de 2018.

Num ano que terminou agitado em torno das traduções de Rimbaud, talvez fizesse sentido olhar comparadamente para as que foram sendo dedicadas a Henri Michaux. Esta edição de “Moriturus” recupera textos já anteriormente publicados em português e junta-lhe outros. Escutemos o tradutor: «não é nada fácil traduzir a poesia de Henri Michaux, dar em português a frescura e o terror do seu universo, das suas imagens». Rui Caeiro foi mais um a tentar. Agradecido.

Melhor Ilustração de Capa

Cláudia R. Sampaio, “Outro nome para a solidão”, com ilustrações da autora, Douda Correria, Novembro de 2018.

Mais do que a ilustração em si, surpreendeu-me a autoria da mesma. Desconhecia o duplo talento de Cláudia R. Sampaio. Uma ilustração de capa que vem da contracapa, fazendo o percurso invertido que mais convém à poesia.

Melhor Fotografia de Capa

Marta Chaves, “Varanda de Inverno”, com fotografia de Daniel Blaufuks, Assírio & Alvim, Abril de 2018.

Digamos que assim é fácil, Blaufuks é um dos nossos melhores fotógrafos. Mas esta fotografia assenta especialmente bem neste livro de Marta Chaves, por lhe captar o tom nostálgico, o romantismo das sombras, da luz que penetra a escuridão como a palavra o silêncio.

Melhor Texto de Contracapa

José Pedro Moreira, “Gatos no Quintal”, Enfermaria 6, Fevereiro de 2018.

É um dos meus ódios de estimação, a selfie. Prática repugnante agravada pelo uso de um instrumento que dá pelo nome de stick. Já me apeteceu andar à porrada por causa destas coisas. Que um livro de poesia dê tão pertinentes conselhos em texto de contracapa, só pode ser considerado uma lufada de ar fresco. Faça o favor de clicar na imagem, mas depois não se esqueça de colocar em prática.

Melhores Ilustrações

Eduardo Galeano, “As Palavras Andantes”, trad. Helena Pitta, gravuras de J. Borges, Antígona, Junho de 2018.

Miguel Granja, “Simão sem medo”, ilustrações de Beatriz Bagulho, Douda Correria, Outubro de 2018.

Seria injusto esquecer as gravuras de J. Borges, das quais tivemos conhecimento através deste livro de Eduardo Galeano. Mas mais injusto seria não dirigir a nossa atenção para as ilustrações de Beatriz Bagulho. O n.º 3 da colecção Puto Xarila é um mimo a pensar na juventude, mas perfeitamente acessível a gente mais crescida. Uma delícia.

Melhor Índice

Ricardo Tiago Moura, “Cruzes”, Alambique, Outubro de 2018.

Livro enigmático, misterioso, ao qual dedicarei mais atenção em breve. O índice escapa à vulgaridade geral, apelando para um exercício de ligações, cruzamentos, possíveis construções poéticas.

Melhor Qualquer Coisa

Éric Vuillard, “A Ordem do Dia”, trad. João Carlos Alvim, Abril de 2018.

Foi o livro que mais gostei de ler em 2018, sendo muito provável que a ele regresse várias vezes nos próximos tempos. Num texto curto e incisivo, a ascensão do nazismo explicada aos meninos. Devia ser de leitura obrigatória nestes tempos em que o politicamente correcto está a dar asas aos inimigos da democracia.

O Livro do Ano

Amadeo de Souza-Cardoso, “XX Déssins”, Ponto de Fuga, Outubro de 2018.


Ruppert & Mulot, “O Reino”, trad. José Luís Costa, Douda Correria, Março de 2018.

São dois. O primeiro não é bem um livro. Trata-se da edição fac-similada de “XX Déssins”, um álbum de gravuras produzido por Amadeo de Souza-Cardoso, em Paris, no ano de 1912. A edição da Ponto de Fuga procura reproduzir fielmente o original. 
O segundo é um álbum de banda desenhada, 24 páginas num formato monumental, assim tipo edição antiga do jornal Expresso, a dar um ar da vastidão do Universo e da pequenez destes nós que o ocupamos. Só tendo o objecto nas mãos se perceberá a sua real grandeza. Fim.

14 comentários:

... disse...

http://doudacorreriablog.wordpress.com/2018/11/30/confissoes-de-um-exilado-no-barreiro-miguel-loureiro

www.assirio.pt/produtos/ficha/a-meia-noite/21750878

Evandro disse...

Que postagem maravilhosa, Sr. Henrique! Obrigado demais.

hmbf disse...

Não tem de quê, Sr. Evandro.

Um Jeito Manso disse...

E este, Caro Henrique, é o melhor post de toda a blogosfera do ano da graça de 2019. E note que o facto de o ano ainda agora ter começado não me intimida: no fim do ano estou certa de que direi a mesma coisa.

(E isto independentemente de poder não estar certa de que as suas opiniões coincidiriam com as minhas caso eu pudesse habilitar-me a opinar, coisa que humildemente reconheço que não posso)

hmbf disse...

Enjoy :-)

Anónimo disse...

Gostei muito.
Um obrigado muito abraçado,Henrique.

Anónimo disse...

Amizades democráticas. Então, leu três vezes o melhor livro do ano de 2018. É obra. Diga-nos então qual era o melhor dos três melhores do ano.

hmbf disse...

Anónimo das 13:26, não percebi nada. Mas desejo-lhe um bom ano e que se divirta muito.

L. disse...

à partida, detesto rankings e balanços. em geral. costumam ser aborrecidos, repetitivos e etc.

mas feitos assim valem a pena. tenho / li vários dos livros aqui mencionados, o meu destaque vai para o rui caeiro. o manuel resende vou ler muito em breve.

hmbf disse...

Obrigado. Em breve, conto deixar aqui uma leitura da Poesia Reunida do Resende.

ANTÓNIO DE MIRANDA disse...

Boa tarde, Henrique Fialho. Sou eu o tal anónimo. Desculpa. Em vez do meu nome, apareceu o link do meu blog. Abraço.

hmbf disse...

Saúde.

Anónimo disse...

O Melhor Tinto de 2018 vai para o livro a Festa dos Caçadores, de HMBF, Editora Abysmo.

Servido no restaurante Poço dos Sabores, após a apresentação da obra no Festival Fólio, em Óbidos.

Crítico (Literário e Gastronómico) Anónimo

hmbf disse...

Belo tinto, sim senhor. Saúde,