Ando a ler O Poço e a Estrada — Biografia de Agustina
Bessa-Luís (Contraponto, Fevereiro de 2019), de Isabel Rio Novo. Logo no capítulo
de apresentação a autora faz questão de nos informar: «Eu, que para este livro
reli a obra completa de Agustina, ficcional e não ficcional (…)». Não espera o
leitor outra coisa de um biógrafo, pelo que é escusado dizê-lo. Pouco depois:
«Respirei Agustina; digo-o sem medo e sem rebuços». Respirou Agustina?
Esperemos que não lhe crie nenhum problema pulmonar. Mas o cúmulo desta
obsessão com o eu, estranho numa biografia, surge a páginas 50 (e ainda só vou
na 56): «Digamos que não me foi difícil compreender Agustina. Também eu, na
minha pequena infância, cresci longe de outras crianças, recolhida por longos
períodos numa aldeia minhota». E a quem isso interessa?
4 comentários:
Uma vez que não interessa, ninguém comenta.
Alguém comentou.
Oh diabo! Não resistir a este comentário, lidas umas cinquenta e tal páginas da biografia, não augura um resto de leitura feliz.
Oh diabo! Não resistir a este comentário, lidas umas cinquenta e tal páginas da biografia, não augura um resto de leitura feliz.
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