sábado, 21 de novembro de 2020

EMBARGO

Durante a conferência, 4, pelo menos 4 lacaios, interrogaram o primeiro-ministro sobre o congresso do PCP. Nem 1 fez pergunta semelhante dando como exemplo a convenção do Chega. O primeiro-ministro foi buscar a lei, de 1986, e explicou-a como se estivesse na escola primária a ensinar a tabuada do 1. Faltou dizer aos senhores lacaios com cartão de jornalista que a actividade política não foi suspensa, nem para o PCP nem para o Chega nem para nenhum outro partido. A preocupação com a percepção pública é comovente, leva-nos até a ter pena de tal percepção pelas dores de alma que deve causar a quem vem desde há muito impondo um embargo mediático ao PCP. É que essa percepção não é senão alimentada pelas preocupações da comunicação social, de quem, pela graça de uma coisa rara chamada coerência, o PCP não está, nunca esteve, jamais estará refém.

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