DEPORTAR A HUMANIDADE

"A polícia disse na quinta-feira que o atirador possuía legalmente várias armas de fogo, um facto que pode ser explicado por a República Checa ter uma das leis de posse de armas mais permissivas da UE."

Há dias, um imigrante indiano foi executado em Setúbal por motivação racista. Não se falou nisto, não se deu a isto 1% da atenção que, em Março, mereceu um ataque com faca num centro cultural muçulmano de Lisboa. Crimes perpetrados por imigrantes têm sempre outro interesse, os cheganos empolam a coisa para reivindicar políticas repressivas, deportações, fronteiras fechadas. Que vão para a sua terra, dizem. Claro que a família de Evaristo Marinho, o branco que assassinou o actor Bruno Candé, merece uma compreensão que a família Coxi não merece. Estes são bandidos, os outros tiveram um azar na vida. Porque não mandar a família Marinho para a sua terra? E a família dos assassinos do indiano em Setúbal? O que deverá Praga fazer com os seus alunos? Expulsá-los do país? Quando o norueguês Anders Breivik cometeu um massacre na Noruega, os cheganos lá da Noruega podiam dizer: os noruegueses que vão para a sua terra. Timothy McVeigh, terrorista doméstico nos EUA, podia ter motivado a expulsão dos brancos da América. E o copiloto Andreas Lubitz? O que fazer com alemães que pilotam aviões? O problema das generalizações é este, deixa-nos sempre atrapalhados perante as evidências. Por aqui a malta que faz tudo para escapar aos impostos queixa-se muito dos chineses que não pagam impostos, dizem. E dos monhés que são uma ameaça à segurança nacional, ao contrário dos Evaristo Marinho, Manuel Palito, Pedro Dias e outros bons portugueses de família. Eu acho mesmo que o planeta Terra devia livrar-se de uma vez por todas da humanidade, era mandá-los para Marte. Que vão para lá matar-se uns aos outros.