Como é que se fala hoje nas escolas de direitos humanos?
Com que cara enfrentam os professores os alunos que lhes atiram com Gaza às
trombas sempre que vierem com a conversa do direito internacional? A ONU é
muito importante, meninos, temos de dar o exemplo, pelo bem da humanidade e
tal, o TPI, as sanções, Haia e não sei quê... Como é que se explica às
criancinhas, aos jovens, aos adolescentes, que acima do poder das armas e dos
valores económicos há... os valores humanos? Que axiologia e ética fará ainda sentido
ensinar a quem liga a televisão e facilmente constata que a liberdade é um
drone, a igualdade é um mito e a fraternidade são mais de 100 funcionários da
ONU assassinados em Gaza?
2 comentários:
Nunca se deverá perder a capacidade de definir os direitos à vida. Sobretudo em alturas em que a vida está mais negligenciada que nunca. E essa capacidade é, para nós, humanos, numa altura de crise de identidade, ainda mais relevante e urgente atender.
Não se demitiu e nem se vai demitir por isso não o vejo muito preocupado.
Há postos criados para os covardes e eles não faltam para assumir essa posição. O Jorge é só mais um.
Prefiro ler o poema de Camões do que sentir o cheiro da sarjeta das celebridades.
Um abraço!
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