Poema concebido em 2005, originalmente
publicado no n.⁰ 1 da revista Sulscrito, agora traduzido para italiano por Fabrizio Boscaglia e publicado aqui. Ficam o original e a
tradução, com especial agradecimento ao Fabrizio pelo interesse:
FEED-BACK
Ouves os grilos no termo do dia,
sabes que são uma sinfonia
de compositores que habitam na erva.
Vês os insectos bailando contra a luz,
sabes que dançam
ao ritmo das melodias vindas do chão.
Sentes a maresia cair sobre a pele
como um véu de água,
subtilmente aconchegado às pregas do corpo.
Sabes que o gelo pode aquecer-te
nas fintas do cansaço.
Mas o que tu não sabes,
nem poderias saber,
é do tecto de estrelas que sobre ti anuncia
os olhos abertos da eternidade.
*
FEED-BACK
Ascolti i grilli alla fine del giorno,
sai che sono una sinfonia
di compositori che abitano l’erba.
Vedi gl’insetti che ballano controluce,
sai che danzano
al ritmo di melodie venute dal suolo.
Senti la salsedine cadere sulla pelle
come un velo d’acqua,
che si adagia sottile sulle pieghe del corpo.
Sai che il gelo può scaldarti
fra gl’inganni della stanchezza.
Ma quel che non sai,
né potresti sapere,
è del soffitto di stelle che su di te annuncia
gli occhi aperti dell’eternità.
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