Diz Balsemão, o Velho, no Público:
"Há uma frase que repetidamente digo ou escrevo. E, a cada ano que passa, a cada momento político, a cada inovação tecnológica, volto a ela e sinto que está mais relevante. “Mais do que nunca, é preciso quem selecione, ordene e hierarquize a informação.” E que o faça profissionalmente."
Podes crer, mano. Pede ao Milhazes.
2 comentários:
“Mais do que nunca, é preciso quem selecione, ordene e hierarquize a informação.” Não é preciso, pois já o fazem de forma muito eficiente com a desinformação. Esse criminoso que vá comer no cu!
É claro e evidente!
Eu não leio o Público nem consulto nenhum meio de comunicação social, absolutamente nenhum, porque qualquer mentira que exponham passa a ser verdade, e, com tal, as notícias ou as informações por eles fabricadas deixam de ter a função de comunicar uma mensagem para acabar transmitindo uma incógnita. Esse é o jogo que eu não jogo com o poder, pois está no seu campo de batalha e serei sempre o jogador vencido. Eu sei o que é o poder, e isso é o que me importa, poupando-me assim de mascarar de Sherlock Holmes ou decifrador de Sudokus narrativos.
Mas, pegando no texto que puseste, quando se lê “contribuições”, soa bem, soa até a uma visão da “altruísta”, coisa que o Público abomina pela sua natureza fascizóide.
Os emigrantes não contribuem; é-lhes roubado, como a qualquer cidadão português que esteja sob tutela do “Pai Estado”. Ninguém pergunta quanto quer pagar, se quer ou se pode pagar. O Estado assalta o cidadão, pois é o mesmo Estado que o ensina a aceitar ser roubado; senão, ele aprenderia a ser auto-suficiente, a viver em comunidade e a entender que não precisa do Estado para nada.
O Público vende não os emigrantes, mas sim a ideia de que os emigrantes são uma fonte de rendimento para o país que é de “todos” (menos dos emigrantes e dos cidadãos), uma espécie de selecção nacional constituída e patrocinada pelo negócio esclavagista e negreiro, levado a cabo pelo próprio Estado (e parcerias) para beneficiar as grandes empresas privadas e o mercado (o divino MERCADO), especialmente as multinacionais, que nem pagam impostos.
A emigração é um negócio, mas não foi assim que nos ensinaram nas instituições de adestramento; como tal, até se aceita bem a palavra e parece natural. A emigração é natural se houvesse natureza, mas nem isso já existe, pois os covardes e traidores de todos os estados e impérios resolveram que saquear é que é natural. Portanto, a história da emigração é a história do poder, da exploração, do sacrifício, da destruição fisica e cultural dos povos; é a história da escravatura, decorada pela perseguição, como se esta se tratasse do jogo da cabra-cega. Divertido e aceite pela sociedade.
Isto era só um comentário; seria bom que se começasse a chamar a emigração por outro nome, para podermos vê-la com os olhos daquilo que ela é. Neste momento, não só em território português, estamos a assistir a uma Plantação de seres humanos, que por certo já passou em outros países com a função de os descontextualizar, de lhes retirar a voz, explorar ao máximo a sua mão-de-obra e criar, obviamente, divisões sociais e conflito. Essas coisas de esquerdas e direitas, que abomino, continuam a servir, como sempre, o poder com os seus ideais ficcionais, posições de vómito e exercendo um malabarismo ideológico que não serve para nada. Ninguém emigra por prazer, e, quando "acontece" e nos vendem o bem que vivem, nada mais são do que mercenários do mercado capitalista que vão à procura de salários mais altos e estatuto.
Falo por mim, que sou emigrante e não saí à procura de estatuto nem de salário, mas para aprender a língua do colonizador, porque me sentia mal (ou me fizeram sentir mal) por não a saber. Um erro crasso que reconheço e, portanto, me encontro a rectificar.
Saúde!
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