que nasceu a 19 de Dezembro de 1947 e gosta de rir.
Sou paciente quanto baste,
aguento de número na mão que me chamem de utente
usuário, perdulário, supra-numerário, artista de rua,
querem-me mais número de senha do que gente,
por isso me dizem
que os poemas são inúteis,
apenas um cobertor aconchegando a alma,
palavras a voar em nicotina,
mas um gajo tem de se preparar para a vida eterna.
António Ferra, in “ente”, edição do autor, Junho de 2020,
s/p.
2 comentários:
Gostei. (Aqui não há Likes, ou Gosto, vai mesmo assim.)
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