Muita discussão inconsequente sempre se cultivou neste país de faz de conta. Permanece no ar, como se algo houvesse a pedir prova, o debate sobre a carga policial no decorrer da última greve geral. Diz-se que é preciso averiguar a cronologia dos acontecimentos para apurar responsabilidades. Já sabemos quais são os efeitos deste diz que, em breve o assunto cairá no esquecimento e continuaremos todos entretidos com mais uma edição dos Ídolos. A única coisa que é preciso averiguar é se o ministro da administração interna tem os tomates no sítio, porque já toda a gente viu que os heróis de colete fluorescente que arregaçaram as mangas para agredir jornalistas no exercício das suas funções os têm no lugar dos miolos. Nada há a provar que não tenha sido provado pelos factos, os únicos que interessa relevar: jornalistas impedidos de fazerem o seu trabalho à força da bastonada. Agora é agir, ó país de fantoches, e deixar o sexo dos anjos ao cuidado dos metafísicos.
1 comentário:
com gentinha a dizer "não tinham nada que ir para lá", ou "já sabiam para o que iam", não vejo jeitos. E istop da boca de gajos, que vêem os seus direitos a desaparecer, dia após dia...
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