Um texto que não sendo sobre Leopoldo María Panero, também o era (aqui). Um poema com breve nota biográfica (aqui). Dois poemas traduzidos para português que suponho ainda estejam inéditos (aqui e aqui).
É uma coincidência infeliz mas os poemas traduzidos para português a que te referes saíram ontem no Brasil, pela Lumme Editor, de São Paulo, numa antologia que abrange os anos compreendidos entre 1979/1994. O lançamento do volume está agendado para dia 25 de março, no Centro Cultural São Paulo.
Muito brigado mas duvido, saem mais em conta notas de rodapé e elogios fúnebres.
______________
As últimas palavras de Leopoldo María Panero quando confrontado, já do lado de dentro, com o ufa-ufa que se passava cá fora:
“Então, então!!! Sei bem que a qualidade de um poeta se afere pelo número de viúvas que deixa. Todas elas a postos para disputar à gravidade o lado mais pesado do sarcófago. Sempre gostei de arranjos de flores para centro de mesa. Mas são tantas as laudes e loas, de tal monta os epitáfios e as exéquias que um morto corre o risco de ser tomado por uma pessoa de bem. Um pouco de calma, minhas Senhoras!!! Não se trata de um andor, mas de um caixão. Não é para subir aos céus mas para descer à terra. De preferência com a falta de dignidade que um grande pecador fez por merecer.”
Primeira vez essa à qual se sucede, a maior parte das vezes, um período de introspecção e arrependimento. Quando não de desilusão. Mas seja como for: bom teres gostado do meu texto. O meu obrigado. E mais não chateio.
7 comentários:
É uma coincidência infeliz mas os poemas traduzidos para português a que te referes saíram ontem no Brasil, pela Lumme Editor, de São Paulo, numa antologia que abrange os anos compreendidos entre 1979/1994. O lançamento do volume está agendado para dia 25 de março, no Centro Cultural São Paulo.
http://www.lummeeditor.com/panero/capa.jpg
Parabéns pela edição. Talvez agora queiram publicar por cá.
Muito brigado mas duvido, saem mais em conta notas de rodapé e elogios fúnebres.
______________
As últimas palavras de Leopoldo María Panero quando confrontado, já do lado de dentro, com o ufa-ufa que se passava cá fora:
“Então, então!!! Sei bem que a qualidade de um poeta se afere pelo número de viúvas que deixa. Todas elas a postos para disputar à gravidade o lado mais pesado do sarcófago. Sempre gostei de arranjos de flores para centro de mesa. Mas são tantas as laudes e loas, de tal monta os epitáfios e as exéquias que um morto corre o risco de ser tomado por uma pessoa de bem. Um pouco de calma, minhas Senhoras!!! Não se trata de um andor, mas de um caixão. Não é para subir aos céus mas para descer à terra. De preferência com a falta de dignidade que um grande pecador fez por merecer.”
Jorge Melícias
Palavras sábias.
É a primeira vez que atribuis essa qualidade a palavras minhas. Há sempre uma primeira...
Primeira vez essa à qual se sucede, a maior parte das vezes, um período de introspecção e arrependimento. Quando não de desilusão. Mas seja como for: bom teres gostado do meu texto. O meu obrigado. E mais não chateio.
hmmmmmm
Como podes tu saber o que se segue a uma primeira vez? A primeira vez não aceita "a maior parte das vezes", sendo a primeira. :-)
Enviar um comentário