domingo, 9 de novembro de 2014

HÁ MUROS E MUROS

Tenho por princípio que todos os muros são maus, embora aceite a utilidade de alguns. Por exemplo, os muros que se erguem à volta das casas particulares são de uma utilidade extrema. Sobretudo para grafitters. Só não entendo que se festeje a queda de um muro, o de Berlim, e se fique impávido perante a edificação do Muro da Cisjordânia. Outro muro que não tem causado tremores é o chamado Muro Americano, um muro duplo, com uma extensão superior a 1100 quilómetros, que separará o México dos Estados Unidos. E depois há os muros da vergonha, e são tantos e tão distintos que seria fastidioso numerá-los. Festeje-se, pois, a queda de um muro enquanto outros são erguidos com a complacência dos festejos.

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