sábado, 28 de março de 2015

TOMAS TRANSTRÖMER (1931-2015)


MEADOS DO INVERNO

Um rasto de luz azulada
irradia da minha roupa.
Decorrida está metade do inverno.
Música de choques de mil blocos de gelo.
Fecho os olhos.
Há um mundo sem ruídos,
uma fissura,
onde os mortos,
como contrabando, são passados para o além.

Tomas Tranströmer, in 50 Poemas, tradução de Alexandre Pastor, Relógio D'Água, Julho de 2012. Sobre As minhas lembranças observam-me: aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro hmbf: leia a crónica no Público de hoje (29 de Março) de José Diogo Quintela. Far-lhe-á lembrar qualquer coisa.