Tem a seu favor a morte anunciada. Caso contrário, teríamos de
aturar mais um saco de porrada em posto governamental. Não critiquem o novo
ministro da Administração Interna por ser temente a Deus. Ao queixar-se do mau
tempo no Algarve em tom de sermão, falou como fala a maioria dos portugueses.
Falou como fala a tua mãe e o teu pai, falou humana e portuguesmente, tal como
falam milhões de almas educadas pelos padres da freguesia, únicos senhores de
cultura a quem devemos confiar nossos segredos. Que o morto se entregou a Deus
é uma redundância em dia de finados. Se não gostam do discurso em posto
oficial, supostamente laico e republicando, ocupem-se de educar os filhos para
a realidade. Não cedam ao acampamento prometido pela professora de Região e
Moral. Calvão da Silva não podia ser ministro, mas não é por trazer Jesus no
coração. É por outras razões, bem mais terrenas e desinteressantes.
3 comentários:
Discurso de sacrilégios o que o Sr. Ministro proferiu, benzadeus. enquanto as chuvas em Albufeira foram coisinha maléfica, os 14 milhões foram ajuda divina. Há que acreditar no deus certo.
Cumprimentos
Parafraseando a ministra da agricultura, oremos para que faça sol.
certeiro.
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