Quando, no início do ano, se discutia o acesso a um medicamento
contra a Hepatite C, o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho disse que era
obrigação do Estado fazer tudo o que estava ao seu alcance para salvar vidas
humanas, mas não a qualquer custo. “Custe o que custar” foi a expressão
utilizada, e sintetizava na perfeição a mentalidade do governante. Exactamente
a mesma que podia afirmar que Portugal estava melhor, apesar de os portugueses
não estarem melhores, e colocar no mesmo pacote cofres cheios. Toda esta argumentação
releva uma insensibilidade social que foi a matriz da governação da direita
coligada, cujos resultados não podiam ser outros senão estes: mortes no
Hospital por falta de quem socorra. Se estavam todos a pensar nos cofres do país, por que haviam de se preocupar com a vida das pessoas?
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