quarta-feira, 9 de novembro de 2016

POTÊNCIA



Então, parece que o tipo do cabelo esquisito é o próximo big boss da maior potência mundial. Vai ser giro assistir ao fim do mundo. Só quem não vê westerns é que podia esperar outra coisa :-). 
No dia em que o criminoso de Arouca se entregou à polícia, retirar relevo a tamanho feito com a eleição de Trump para a Casa Branca é uma injustiça. Está garantida a alternância democrática. Que mais queriam? 
Entre Bush e Trump, tivemos Obama. Foi fixe. Agora é o aguenta aguenta do costume. No Web Summit discute-se se a Internet nos está a tornar mais estúpidos. É óbvio que não, pelo menos na América tem contribuído fortemente para o esclarecimento das populações.

Adenda:
É só rir#1:

«A manchete do New York Post condensa de forma terrível muito do que está em jogo: "Eles disseram que não podia acontecer". Quem são eles? Somos nós, os que ainda acreditavam que havia uma margem de conhecimento e racionalidade exterior aos populismos do nosso presente»... (João Lopes, aqui).

É só rir#2:


Já sei que sou anti-americano, pelo que será escusado virem com essa bandeira sempre que se quiser discutir a América para lá de Nova Iorque e de Los Angeles. Muitos europeus tendem a olhar para os EUA com uma incompreensível ingenuidade, como se nada existisse entre a Califórnia e Nova Iorque. Sucede que entre esses dois estados temos o Montana, o Wyoming, o Utah, o Kansas, o Texas, o Louisiana, o Mississipi, o Arkansas, o  Missouri, o Tenessi, Iowa, etc, etc, etc, onde não consta que os índices de racionalidade, cultura e conhecimento/saber das populações sejam, vá lá, muito promissores.
Aquilo a que normalmente se chama a América profunda só podia simpatizar com o discurso de Trump, um discurso todo ele voltado para o medo e, por consequência, para o ódio a esse outro sempre apresentado como uma ameaça. Recordemos uma das tiradas mais famosas e porventura mais eficazes de Trump:

«Os EUA tornaram-se a lixeira dos problemas dos outros. É verdade. E não falamos dos melhores e mais requintados. Quando o México envia cidadãos seus, não envia o que de melhor tem. (…) Envia pessoas com imensos problemas e essas pessoas trazem esses problemas para cá. Trazem drogas, trazem crime, são violadores».

Contra isto, Trump promete erguer um muro ao longo da fronteira dos EUA com o México. No Texas agradecem-lhe.

É só rir#3



«Tenho dificuldade em perceber como é que as vítimas dos algozes são sempre os seus primeiros defensores» (aqui).

É só rir#4

Solidário com Hillary, Passos Coelho funda o grupo terapêutico dos políticos que saíram derrotados de eleições apesar de terem tido mais votos:

5 comentários:

Anónimo disse...

- No Web Summit, empreendedores como Trump discutem como a Internet nos poderá tornar ainda mais estúpidos. O aumento substancial de investidores dispostos a investir na exploração da estupidez demonstra o sucesso da iniciativa. Conclusão futurológica: um Trump em cada esquina como luta contra o situacionismo.

hmbf disse...

Ora aí está um belo pensamento para uma manhã de Novembro neste canto de serial killers made in Arouca.

Anónimo disse...

vejo com alegria que o seu post evolui com figuras sorridentes e confiantes, como devem ser os grandes políticos e também os participantes na Web Summit, sobretudo o que vão tentar a sua sorte com um "pitch".

no fundo para os americanos o "pitch" de Trump foi superior ao de Clinton e há que reconhecê-lo democraticamente.

hmbf disse...

Reconhecido.

MJLF disse...

Mais uma puta eleita, a europa também está um putedo, agora elegerem a Le Pen em França e a puta-mor está na Turquia. :(