Uma amostra do país que temos, patenteada na frieza dos
números. Não vale a pena disfarçar, fugir ao problema com paninhos quentes. Chamam-lhe
flagelo, antes lhe chamassem terrorismo. Guerra perene que, como qualquer outra
guerra, destrói famílias e infecta o ambiente social. Gente bronca e racista julgará
que são ciganos, árabes, pretos quem engrossa os números. Desenganem-se.
Este é o verdadeiro Portugal dos pequeninos, atravessa gerações, transversal
nos domínios económico e social, não escolhe etnias nem raízes culturais. Ainda
ontem se comentava à mesa, em surdina, a filha de não sei quem que leva porrada
de três em pipa e não larga o namorado. Em namoro. Como se combate esta guerra,
este terror? Quem souber, atire a primeira rosa.
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