quarta-feira, 22 de março de 2017

A EUROPA DE DIJSSELBLOEM



Quando um tipo com o nome esquisito de Jeroen René Victor Anton Dijsselbloem anda nas bocas do mundo, não pode ser por bom motivo. Chamemos-lhe René, para simplificar. Fico a saber pela Wikipédia que é neerlandês, esse pequeno país do norte da Europa que tanta coisa boa tem gerado. Quando por lá andei, fiquei maravilhado com a qualidade e a quantidade das putas no Red Light District de Amesterdão. Incontáveis números de contorcionismo, fetiches inimagináveis. Casa cheia para todos os tipos de taras e manias. Estes holandeses são uns maganões de primeira, vivem nos Países Baixos mas nós não lhes chegamos aos calcanhares. O mais que nos sobra é uma janela escondida numa rua obscura de Aveiro. Eles têm montras inteiras, de três metros de largura, e muita oferta a céu aberto.
Gosto dos holandeses. Namorei em tempos com uma holandesa. O irmão dela bebia que se fartava. É impressionante o que os holandeses gastam em copos. Basta seguir-lhes os passos da selecção nacional de futebol para ficarmos incrédulos. Esqueçam as cenas tristes de andarem a humilhar mendigos antes dos jogos, é tudo dos copos. A malta diverte-se com copos e depois faz assim umas coisas parvas tipo humilhar mendigos e ir às putas. Enfim, para que fizemos nós o nosso All Garve senão para agradar aos holandeses? Aposto que o camarada René adoraria passar uma temporada no nosso All Garve. Daqui lhe endereço o convite, camarada, para em alternativa visitar-nos em São Martinho do Porto, onde temos uma já bem apetrechada comunidade de neerlandeses, sempre alegremente sentados nas mesas dos cafés a bebericarem vinho branco e cerveja Sagres. Uns bêbados… diríamos, não fossem tão bons clientes.
Infelizmente, ainda não chegámos aos pés dos Países Baixos e ficamo-nos por poder oferecer boa cerveja e melhor vinho. Casas de putas, só às escondidas. O mesmo para os charros. A gente observa o René e vê que ele vem de paragens liberais, lá na terra dele é tudo às claras. Bem me lembro da moca que apanhei numa coffeeshop com ementa inigualável. Variedade impressionante. Como poderia Van Gogh ter vingado? Andava a pintar a realidade tal qual os holandeses a percepcionam, depois de uma visita à coffeeshop com paragem no Red Light District. Portanto, René, estamos falados. Copos e gajas não são para quem quer, são para quem pode. E vocês podem.
Não podem é olhar para nós, os do sul, como se por sermos do sul algo nos diferenciasse… É verdade que temos o sol e as praias e… Ups, alto e para o baile. Salto um parágrafo na biografia do cabeça de gel e dou com isto:

«Jeroen Dijsselbloem estudou economia agrícola, com foco em economia empresarial na Universidade de Wageningen (1985-1991). Terá realizado investigação na área da Economia Empresarial, no University College Cork, na República da Irlanda (1991), com o objectivo de obter um Mestrado, sem no entanto o concluir. Apesar de não ter concluído os estudos deste curso de Mestrado, entre Novembro de 2013 e Abril de 2014, o grau de Mestre constou da sua biografia oficial, até o mesmo ser desmentido por parte do University College Cork e da National University of Ireland».

Ora queres ver que temos aqui mais um Relvas? De facto, não é nos estudos que esta malta investe recursos. Quem precisa de estudos para chegar a um dos mais altos cargos políticos desta Europa à deriva? Precisamos é de tipos que cuspam as bocas certas, fazendo o serviço a quem manda e garantindo posição entre quem governa. O resto é copos, e gajas, e charros… sejam a sul ou a norte. E já agora, um grave problema de gosto ao nível capilar. Tanto gel pode dar nisto, o cérebro fica pastoso e as sinapses atrofiam. A única vantagem é passar a boca a cuspir o que vai na cabeça, sem filtros, e a gente regozijar com o brilho da verdade. Ah ele é isto? Estamos bem entregues. 

4 comentários:

Anónimo disse...

Oh, pá, conheci muito bem este Dijsselbloéme aqui há muitos anos em que participei num congresso literário em Amesterdão, o gajo fazia parte da organização daquela porra, estava a distribuir a documentação e dava aos participantes um cartão dele pela porta do cavalo. Foi um escândalo: meteu uma gaja do Bairro da Luz Vermelha no quarto de um professor catedrático, só que naquele dia o professor esquecera-se de tomar a medicação e a gaja meteu a boca no trombone, julgava que era chegar lá e palmar as notas ao velho, de manhã nem conseguia andar como deve ser, uma chinfrineira nos jornais, sabes lá. Olha, quem lá estava também era aquele gajo dos versos, o Mexia, mas não é o da electricidade. Esse também é uma linda prenda. O pai do Dijsselbloéme era reparador de moinhos holandeses, mas foi reformado compulsivamente porque arrotou ao pé da rainha durante uma visita ao ministério holandês da energia eólica, um porco, pá. Este safou-se, meteu-se nessa merda da europa mas nunca leu um livro na vida, um traste, só quer é putas e uísque do bom, um bêbedo, até diziam nesse congresso literário que o gajo andava amancebado com a irmã mais velha da Merkla, fugida da Alemanha comunista para a Holanda, um horror. As holandesas são do cacete. Quando puderes arranja-me cinco euros para uma raspadinha.
Catatau Vincennes

Anónimo disse...

O senhor Dijsselbloem tem toda a razão, basta verificar o que se passa na alta finança. Isto não é dito, mas os mercados continuam nervosos com a performance financeira portuguesa. É muito provável que haja um novo resgate, deixe que lhe diga. O índice nasdaq, por exemplo, está muito baixo para a couve lombarda portuguesa e altíssimo para as transacções da couve de Bruxelas. Na bolsa de Tóquio já não se aceitam animais vivos de capoeira para transacção imediata, apenas a trinta dias. Repare há quanto tempo as famílias portuguesas não são convidadas a salvar uma instituição bancária e no entanto a venda de bebidas alcoólicas e o serviço de massagem desinibida ao domicílio dispararam, basta consultar o exigentíssimo “Finanças da Beira”. Penso que o senhor hmbf não tem razão pois o senhor Dijsselbloem é um amigo de Portugal e dos Portugueses e dos Povos do Sul da Europa em geral, até tem um funcionária doméstica espanhola.

Artur Gomes de Mangalho, editor de Economia e Finanças do jornal digital “A Gaita”.

Anónimo disse...

Eu sempre achei que os estrangeiros são os únicos que conseguem ter uma peceção correcta de nós todos. Já viu a quantidade de bifes que as pssoas comem? E precisam de beber vinho à refeição? Se calhar não pecisam… Vevemos memo assima das nossas pessebelidades, temos que admetir. Comprimentos,

Berenice Junot-Meireles, psicóloga social não-governamental.

hmbf disse...

Cara Berenice, fui criado a sopas de cavalo cansado. Embora lá em casa fossem de burro, porque a carne de cavalo era incomportável. Também não dispenso um mata-bicho à transmontana. Trabalhos árduos nas obras a tal obrigam.

Mangalho, posso não ter razão no que digo. Mas estranho a sua complacência para com o que o holandês deve gastar em gel. Fortunas que dariam para alimentar famílias inteiras.

Catatau, os seus conhecimentos não cessam de me espantar.