segunda-feira, 6 de março de 2017

RIR

Em Portugal as pessoas não riem com as outras, as pessoas riem das outras numa expressão viciosa de constante avilte. 

Marina Tadeu, aqui

4 comentários:

BELIAL disse...

O riso, deste tipo é coisa de apoucados.
Não obstante, grassa cada vez mais.
Velhacarias begueiras.

frliluftogvind disse...

Um texto muito certeiro. Infelizmente.

Anónimo disse...

Respeitoso Autor: segui a ligação proposta no seu bilhete acima e investi, com toda a atenção, na ficha da inebriante Autora Marina Tadeu. Tem ela pois no seu acutilante bilhete, toda a razão. Somos - "hélas!" - uns alarves muito pouco fenomenológicos uma vez que, "a posteriori", nos entregamos a uma praxeologia fadista sublimada nos lamentos de uma tragédia doméstica. É o que é. Naturalmente que, achando-se fora do País, ao que suponho, a estimada menina Marina Tadeu conseguiu descortinar, melhor do que nós próprios, a nossa avassaladora miséria desprovida de qualquer imperativo categórico que eventualmente nos pudesse salvar. É assim, é o que temos, e nisto tem toda a razão o eminente pensador Catatau Vincennes, do qual recebi, pela Posta, um exemplar de «Os Papéis Perdidos de Catatau Vincennes», remetidos por sua filha Manga Vincennes, a organizadora do espólio. E lá fala Catatau Vincennes, com efeito, e cito, "este riso bovino, ligeiramente avacalhado, que nos tortura como uma inclemente espada de Damôcles cravada, sem piedade nem grandeza, no peito, quando não nos cornos". É necessário dizer, admitamo-lo, não se pode ir mais longe.
Queira o estimado Autor aceitar os meus protestos da mais viva admiração e a inebriante menina Marina Tadeu as mais ferventes felicitações por tão contundente prosa. Sou,

Júlio Bernardo o Velho.

Marina Tadeu disse...

Exmo J. B. o Velho, sir

estou no Lawrence aguardando chegada de vossa excelência. A de Lyrio na lapela.