Ando há anos a ser roubado por uma gralha. Não leva muito, debica
aqui, debica acolá, mal sabe que leva pouco mais do que restos. Qualquer dia,
deixo-lhe uma côdea com veneno. Ou então não, continuarei a ignorá-la com
indiferença merecida. Apesar de tudo, não é o pior caso do mundo vê-la
esbaforida a saltar de galho em galho. Tenho maçãs que cheguem para todos. Leva,
leva, gralha. E sê feliz, desde que o sejas longe do meu amado silêncio.
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