Os socialistas portugueses vivem em estado de negação. Confrontados com
a corrupção que assola o partido, máquina de favores e de distribuição de
cargos e de $ócrates & Companhia Ilimitada, apressam-se a desculpar males
com argumentos do Restelo. Que o poder infecta quem lá está, que a corrupção
toca a todos, que é tudo igual… Logo, que fique tudo na mesma. Que fique tudo
na mesma, tipo ora PS, ora PSD, com CDS a cheirar cus. Que fique tudo na mesma
porque com outros não seria diferente. Há nestes raciocínios tanto de futurologia
quanto de pessimismo, o que não deixa de ter a sua graça. Ser-se socialista, hoje
em dia, significa ser-se complacente com a canalhice. Porque lá na cabeça do
socialista moderno não há remédio para a humanidade, somos todos iguais. Só
fica por explicar por que razão tem o estado português a fama de ser tão
corrupto como o Qatar e não tão transparente quanto a Suécia. Isto é, por que é que somos mais iguais a uns do que a outros?
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