Em 2012,Cecilia Giménez, idosa
de 80 anos, caiu nas bocas do mundo devido ao desastroso restauro de um
desinteressante “Ecce Homo” assinado por Elías García Martínez. O pacato
município de Borja tornou-se lugar de peregrinação. A intervenção de Cecilia
ofereceu ao original de Martínez inusitada popularidade, incrementando o
turismo onde só moscas se ouviam. Mais recentemente, uma pintura de Murillo,
propriedade de anónimo coleccionador de Valência, foi vítima de semelhante
atentado. Dizem as más-línguas que tudo não passou de conjuração para valorizar
uma obra que, de outro modo, estaria condenada ao esquecimento. Decretada a falência da
espiritualidade, a caixa de esmolas do anedótico é via aberta ao sucesso. Já
não se trata de pôr bigodes na Mona Lisa, mas de pedir a um pedreiro que faça
um peeling num Rodin.
1 comentário:
É a escola da Dona Cecília.
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