Devo estar a ficar velho, se fiz uma longa viagem
sempre sentado, se nada vi
senão a chuva, se um débil raio
de vida silenciosa... (os operários
entrevam e saíam do comboio,
levando de uma aldeia para um lago tranquilo
o sono e as ferramentas de trabalho).
Quando cheguei à cama também gritei:
somos homens, mais cansados que cobardes.
Sandro Penna, in No Brando Rumor da Vida, tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo, prefácio de Natalia Ginzburg, Assírio & Alvim, Maio de 2003, p. 77.
Sem comentários:
Enviar um comentário