Eu não quero ser mauzinho, mas porra. A sério? Comprei
todos os jornais e revistas para verificar as tradicionais escolhas dos
melhores do ano. São de um facciosismo atroz e indisfarçável, de uma
parcialidade tão óbvia que nos faz acreditar haver nas redacções caciques
regidos apenas pelo amiguismo. Uma vergonha contra a qual temos de unir forças
sendo diferentes, imparciais, isentos e honestos. Dito isto, partilho convosco
aqueles que foram para mim os melhores momentos culturais do ano, aqueles que,
como sabeis, na verdade foram realmente os melhores do ano. Confiem em mim. Cá
vai:
Melhor livro: "Na cama com Ofélia", edição da
Companhia das Ilhas em parceria com o Teatro da Rainha.
Melhor peça de teatro: "Na cama com Ofélia",
encenação de Fernando Mora Ramos, produção do Teatro da Rainha.
Melhor concerto: máquina de escrever por Fábio Costa, em
"Na cama com Ofélia".
Melhor espectáculo de dança: tango sonâmbulo por Marta
Taveira, em "Na cama com Ofélia".
Melhor filme: projecções na cama de Ofélia, de Ricardo
Soares, in "Na cama com Ofélia".
Quem disser o contrário, é um grande aldrabão. Há que ser
imparcial. Se este país não evolui, é muito por causa do facciosismo das
pessoas. Vergonha.
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