A pergunta é todo um programa: "E se Trump entrar na guerra entre Israel e Irão?" Quem formula a questão não o faz por mal, limita-se a seguir esta lógica dos tempos que opta por personalizar a política reduzindo países inteiros às figuras quase invariavelmente intragáveis dos seus líderes. Se Trump entrasse de facto na guerra, nós exultaríamos. É que a possibilidade de regressar de lá com um balázio nas trombas ou todo estraçalhado no interior de um saco preto abre-nos um vasto horizonte de esperança. Só que Trump jamais entrará na guerra, ele ficará a assistir de longe, confortavelmente sentado no seu trono a entreter-se com vídeos e de joystick na mão. Quem entra na guerra são jovens seduzidos pela crueldade da vida militar, uns porque sim, outros porque vêem na "tropa" um meio de ganhar a vida. Ganhar a vida ceifando vidas, convencidos por trumps e afins de que são salvadores da pátria. Portanto, senhores jornalistas, poupem-nos a perguntas como a que acima transcrevemos. Não é Trump que entrará na guerra, mas sim os filhos de outras mães.
quarta-feira, 18 de junho de 2025
DO ALTO DA COLINA VI MORREREM OS MELHORES
A pergunta é todo um programa: "E se Trump entrar na guerra entre Israel e Irão?" Quem formula a questão não o faz por mal, limita-se a seguir esta lógica dos tempos que opta por personalizar a política reduzindo países inteiros às figuras quase invariavelmente intragáveis dos seus líderes. Se Trump entrasse de facto na guerra, nós exultaríamos. É que a possibilidade de regressar de lá com um balázio nas trombas ou todo estraçalhado no interior de um saco preto abre-nos um vasto horizonte de esperança. Só que Trump jamais entrará na guerra, ele ficará a assistir de longe, confortavelmente sentado no seu trono a entreter-se com vídeos e de joystick na mão. Quem entra na guerra são jovens seduzidos pela crueldade da vida militar, uns porque sim, outros porque vêem na "tropa" um meio de ganhar a vida. Ganhar a vida ceifando vidas, convencidos por trumps e afins de que são salvadores da pátria. Portanto, senhores jornalistas, poupem-nos a perguntas como a que acima transcrevemos. Não é Trump que entrará na guerra, mas sim os filhos de outras mães.
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