Então é assim, hoje, quando estiverem a enfardar comida e
bebida, lembrem-se que o tal Jesus, que era para se chamar Emanuel, nasceu lá
para os lados da Palestina, dizem que parido por uma virgem prenha pelo poder
do Espírito Santo, porventura também atacado de Alzheimer. Ao nascimento do tal
Jesus que era para se chamar Emanuel, correspondeu logo um massacre de
criancinhas, prenúncio, quiçá, do que os judeus andam hoje a fazer lá por Gaza.
Depois de ser baptizado, Jesus refugiou-se no deserto e aí o Diabo o tentou
durante quarenta dias e quarenta noites sem comer, não os suficientes para que
Jesus batesse as sandálias. Vai daí foi pregar para a Galileia, anunciando o
Reino dos céus, dizendo ao povo para se arrepender dos pecados, e felizes os
que têm o coração dos pobres, os que choram, os humildes, etc. Eu gosto
especialmente desta: «Considerem-se felizes quando vos insultarem e perseguirem
e vos caluniarem». Ouviram? Então cumpram. Portanto, amem os vossos inimigos,
cumpram o jejum, nada de adultérios, nem se preocupem com o que comer, beber e
vestir, não deitem pérolas a porcos nem dêem aos cães o que é santo, o caminho
da vida eterna está em fazerem aos outros o que desejariam que eles vos
fizessem (isto, enfim, é discutível, mas vocês é que sabem). A despeito de
curas e milagres, Jesus até que é credível: nasceu de uma virgem, ressuscitou e
disse coisas, enfim, de paz e amor. Tipo: «Não pensem que vim trazer a paz à
terra. Não vim trazer a paz, mas a guerra.» Isto foi ele que disse, não fui eu
que inventei. Boas festas.
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