Gosto muito mais
De olhar as estrelas
Que de assinar uma sentença de morte.
Gosto muito mais
De escutar a voz das flores
Que murmuram: 'é ele!',
Quando passo pelo jardim,
Que ver as armas
Que mataram aqueles
Que me querem matar.
É por isso que eu nunca,
Nunca,
Serei governo!
Velemir Khlebnikov (9 de Novembro de 1885 [28 de Outubro no calendáro juliano] – 28 de Junho de 1922), in Antologia da Poesia Soviética, trad. Manuel de Seabra, Editorial Futura, Dezembro de 1973, p. 58. His life was full of resettlements; he had no home, no employment, and no money. Yet, wherever he lived, the poet was possessed by creative work, thinking and research. A scholar and fantast, a poet and essayist, he was fully immersed into creativity.
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