Camarada Van Zeller, tive uma epifania. Pedro Passos Coelho é um ovo da Páscoa, o brinde que o povo necessita. Não é preciso ir muito longe para perceber que Pedro Passos Coelho (PPC) é um homem do povo, que vem do povo e vive entre o povo (de Massamá e arredores). Como qualquer jovem do povo nascido em 1964, PPC é filho de um médico que, antes do 25 de Abril de 1974, exercia na ex-colónia de Angola. À época, pululavam homens do povo que exerciam medicina. Depois, estabeleceu-se em Vila Real e, como qualquer jovem do povo, estudou. Alguns tiveram de se fazer à vida trabalhando, mas este foi um mouro dos estudos. Empenhou-se tanto, tanto, tanto, que aos 36 anos conseguiu licenciar-se em Economia por uma universidade do povo, a Lusíada. Pelo meio, está claro, fez o que todos os jovens do povo fazem, vestiu a camisola da JSD. Foi membro do Conselho Nacional, presidente da Comissão Política, deputado à AR, vice-presidente do Grupo Parlamentar, candidato a presidente da CM da Amadora, tudo actividades plebeias de estóica dedicação. Este homem do povo sabe o que o povo sofre, o povo que trabalha sábados, domingos e feriados em centros comerciais e hipermercados, que ganha o salário mínimo nacional ou que é pago a recibos verdes, este homem sabe o que é viver sem subsídio de alimentação, sem subsídio de férias ou 13º mês, sem ter direito a qualquer subsídio de desemprego caso fique desempregado, este homem sabe tudo isso por experiência própria. Ou talvez não. Quando terminou a licenciatura em Economia, aos 36 anos, que é a idade com que qualquer jovem do povo termina uma licenciatura numa universidade privada, este homem do povo foi consultor da Tecnoforma e da LDN Consultores, director de departamentos e coordenador de programas esquisitos até ingressar como director financeiro no Grupo Fomentinvest. Como sabemos, qualquer licenciado em Economia numa universidade privada, do povo, tem acesso a um percurso destes e facilmente chega a docente de um Instituto Superior. Enfim, PPC é não só um homem do povo como facilmente o povo se reconhecerá nele. O povo anda há 36 anos a votar em homens do povo como estes que se alimentam e engordam através de sistemas de trituração do povo. Que tudo em seu redor cheire a tacho é mera disfunção olfactiva. Não acha, camarada Van Zeller?
4 comentários:
e não há quem retribua um "amo-te"?
ora bolas...
assim where_ever...
No meu tempo também me cruzava na Faculdade com os colegas Miguel Ângelo (Delfins), uma colega Castello-Lopes que gostava de beber Sagres no corredor do convento, o próprio Manuel João Vieira, tudo malta do povo na Fac. de Arquitectura ao Chiado, nos idos 80s. O Manuel João, de pintura, infiltrado no Bar de Arquitectura, como é óbvio. Desconheço se acabaram os respectivos cursos. Mas ao povo também não interessaria tal facto.
Um abraço, boas férias na CV.
GOSTO DESTA IRONIA...-:)
Tentativa de humor fracassada. Algum trauma em relação a cursos superiores adquiridos tardiamente?
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