terça-feira, 3 de agosto de 2010

Uma concha de Vítor Nogueira apanhada na praia de Vale dos Homens





SINTAXE

Anda a gente um dia inteiro atrás de um verso.
Os delírios soltos, claro, não adiantam
grande coisa. É como curar maleitas
com fumos e cataplasmas. Enfim,
deve ser o nosso táxi. Na rádio (bossa nova,
cha cha cha, easy listening) o futebolista
fala a língua de todos os homens:
«sempre foi um treinador que no qual
adorei jogar ao lado dele». Seja como for,
nunca o venceremos com palavras.
No campo, escusado dizer, pior ainda.

Vítor Nogueira, in Mar Largo, &etc., Setembro de 2009, p. 47.

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