Fim de tarde com Huidobro por companhia: el pájaro pondrá su huevo sobre el porvenir. E a cada pegada arrancamos um pouco de futuro, arrastando pela areia mais algumas horas mortas dos nossos repetidos dias. Já nos bolsos trazemos a lareira ateada, o canto das mulheres afegãs a ecoar à distância, talvez um filme a lembrar-nos de como andamos todos a imitar as nossas próprias vidas. Enfim: se as gaivotas, todas voltadas para a ilha que ao fundo ainda espreita, levantam voo em sintonia, quem somos nós para reclamar da desordem com que a noite chega?
2 comentários:
Eu queria dizer que achei isso muito bonito, o texto, a imagem das gaivotas em contraste com a desordem com que a noite chega. Poético.
E eu queria dizer que acho poético você querer dizer isso.
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