O caso Fernando Nobre, tipicamente português em todas as leituras possíveis, recorda-me um indivíduo de uma aldeia perto da minha terra. Era aquele tipo de pessoa a quem todos chamavam um bom homem. Disponível, prestável, compassivo e todos os demais epítetos que possam abonar em seu favor. Um dia foi apanhado a cagar em plena praça pública. De um momento para o outro, toda a gente se esqueceu do quão bom era aquele homem, do bem que tinha feito, do quanto tinha servido a comunidade e o quanto havia ajudado as pessoas que dele se socorriam recorrentemente. O trabalho deste homem era simplesmente varrer as ruas. Foi apanhado a cagar nas ruas que ele próprio varria. As pessoas começaram a desprezá-lo. Que ninguém se atreva a censurá-las.
4 comentários:
E a piada, Fialho? Qu'é dela? Olha que se começas a ir às Póvoas e aos Matosinhos da vidinha, tens de apurar as "punchelaines", pá! Tira um curso nos Buqueteilores, ou um "uorquechope" com aquele carequita, o mãe.
muito bem observado, Henrique.
Naquele lugarejo havia de faltar um banheiro chimico? :>)
Não havia banheiro, havia latrina. A céu aberto.
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