Suavemente cai a chuva no Rahoon, caindo suavemente,
Onde jaz meu amor sombrio.
Triste é sua voz que me chama, chamando tristemente,
Ao pálido nascer da lua.
Amor, escuta tu
Quão macia, quão triste é sempre sua voz chamando,
Sempre irrespondível, e a negra chuva caindo,
Antes como agora.
Também sombrios nossos corações, Ó amor, jazerão e frios
Como seu triste coração repousado
Sob luarentas urtigas, húmus negro
E chuva murmurante.
Trieste, 1913.
James Joyce, in Poems and Shorter Writings, da sequência Pomes Penyeach (1927), Faber and Faber, 2001, p. 54.
Versão de HMBF.
Sem comentários:
Enviar um comentário