sábado, 2 de abril de 2011

POEMA AO MEU PAPEL

lendo poemas próprios
penas impressas quotidianas transcendências
sorriso orgulhoso perdoado equívoco
é meu é meu é meu!!
lendo letra cursiva
alegre latir interior
sentir que a felicidade se coagula
ou bem ou mal ou bem
estranheza de inatos sentires
cálice harmonioso e autónomo
limite no dedo gordo do pé cansado e
cabelo lavado em encrespada cabeça
não importa:
é meu é meu é meu!!


Alejandra Pizarnik, in La Tierra Más Ajena (1955)

Versão de HMBF

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