quarta-feira, 2 de maio de 2012

A. PEDRO RIBEIRO

Gosto do que escreve o A. Pedro Ribeiro. Sei de quem o leia com indiferença e encolha os ombros, mas eu não consigo encolher os ombros perante palavras tão claras e objectivas. Há não muito, o Ribeiro dizia-me que também tem os seus telhados de vidro. Acredito, um homem não é de ferro. Reconhecê-lo só fica bem. Mas os poemas do Ribeiro não são de vidro, tudo o que ele escreve é tão essencial que pouco mais importa:


A barbárie já chegou a Portugal. No 1º de Maio, Dia do Trabalhador, uma massa de gente agrediu-se e atropelou-se a troco de uns descontos no “Pingo Doce”. Bárbara é a atitude do dono do “Pingo Doce” que põe os trabalhadores a trabalhar no 1º de Maio em condições miseráveis. Bárbaro é o seu oportunismo financeiro. Mas bárbaros são também aqueles que, sem qualquer ponta ...de dignidade, invadem os supermercados no 1º de Maio e se batem por um naco de carne. Passos Coelho e o Alexandre do “Pingo Doce” conseguiram levar o país até à barbárie. Afinal, o respeitinho, os brandos costumes e as boas maneiras são só de fachada. Bastaram umas promoções para virem ao de cima, além da pobreza e da miséria, os instintos básicos do salve-se quem puder, do egoísmo, do fechamento na família, do primitivismo intelectual, da inveja, da falta de humanidade. E isto ainda está no princípio… (aqui)

1 comentário:

Sujeito Oculto disse...

...e o mundo começa a se inverter.