O ser da pre-sença é a cura. Ela compreende em si facticidade (estar-lançado), existência (projecto) e decadência. Sendo, a pre-sença é lançada, mas não foi levada por si mesma para o seu pre. Ela é em se determinando como poder-ser que pertence a si mesma, mas não no sentido de ter dado a si mesma o que tem de próprio. Existindo, ela nunca retorna aquém de seu estar-lançado de tal modo que sempre só pudesse desenvolver esse "facto de ser e ter de ser" propriamente a partir de seu ser si mesma e conduzi-lo ao seu pre. O estar-lançado não se encontra aquém dela como um acontecimento que de facto ocorreu e que se teria desprendido da pre-sença e com ela acontecido. Mas na medida em que é, e como cura, a pre-sença é continuamente o seu "facto". Existindo, a pre-sença é o fundamento de seu poder-ser porque só pode existir como o ente que está entregue à responsabilidade de ser o ente que ela é. Embora não tendo ela mesmo colocado o fundamento, a pre-sença repousa em sua gravidade que, no humor, se revela como carga.
Fotografia: Jorge Aguiar Oliveira.
Texto: Martin Heidegger.
2 comentários:
Li 3 vezes e ainda não percebi.
eu tive que ler 300 e continuo sem perceber porquê
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