Sei que estou vivo neste belo dia
deitado contigo. É verão.
O calor das frutas na tua mão
derrama o seu espesso perfume ao meio-dia.
Antes de nos deitarmos aqui não existia
este mundo resplandecente. Nunca é em vão
que ao desejo arrancamos o humano
amor que as estrelas desafia.
Para o azul do mar corro nu.
Volto a ti como ao sol e em ti me aninho,
nasço no esplendor de te conhecer.
Sinto o suor ligeiro da sesta.
Bebemos vinho tinto. Esta é a festa
em que mais lembramos a morte.
Jorge Gaitán Durán (1924-1962), in Um País Que Sonha - cem anos de poesia colombiana, org. Lauren Mendinueta, trad. Nuno Júdice, Assírio & Alvim, Março de 2012, p. 142.
deitado contigo. É verão.
O calor das frutas na tua mão
derrama o seu espesso perfume ao meio-dia.
Antes de nos deitarmos aqui não existia
este mundo resplandecente. Nunca é em vão
que ao desejo arrancamos o humano
amor que as estrelas desafia.
Para o azul do mar corro nu.
Volto a ti como ao sol e em ti me aninho,
nasço no esplendor de te conhecer.
Sinto o suor ligeiro da sesta.
Bebemos vinho tinto. Esta é a festa
em que mais lembramos a morte.
Jorge Gaitán Durán (1924-1962), in Um País Que Sonha - cem anos de poesia colombiana, org. Lauren Mendinueta, trad. Nuno Júdice, Assírio & Alvim, Março de 2012, p. 142.
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