Tenho passado os últimos dias a ler com as minhas filhas
de sete e dez anos As Mil e Uma Noites. Tem sido uma festa, eu faço as vozes e
lanço as canas e elas apanham os foguetes e reciclam-nos para que eu os volte a
atirar. Perco nisso uma hora e meia por dia, que arranco à escrita do romance
em que ando mergulhado. Há uns anos atrás eu não o faria. Acharia que perdia
tempo e que a minha “obra” não admitia esse desvio de energia. Agora estou-me
nas tintas para a “obra”, escrevo-a quando me diverte, e o mais importante é
conseguir fazer passar aquela corrente e as miúdas ulularem, divertidas. E que
me exijam todos os dias esse ritual. Eu sou apenas um elo.
Bela prosa do António Cabrita, para ler na íntegra: aqui.
2 comentários:
Que maravilha :-)
podes crer
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