quarta-feira, 23 de julho de 2014

MOSTRAR A CATÁSTROFE

Cada vez mais se pede à poesia que mostre a catástrofe. Cada vez mais se lhe pede o desequilíbrio, a recusa da ordem vocabular, a desagregação da crença na linguagem. Cada vez mais se lhe exige que testemunhe a crise dos tempos, que se fanatize às ordens ideológicas. Vivemos a cegueira dos discursos.

Joaquim Manuel Magalhães, a propósito de Pedro  Tamen, is Os Dois Crepúsculos - Sobre poesia portuguesa actual e outras crónicas, A Regra do Jogo, 1981, p. 191.

3 comentários:

c disse...

A catástrofe dá cabo de nós :)

hmbf disse...

Ah, menina C, maior catástrofe é a ausência da catástrofe. :-)

Marina Tadeu disse...

"Dá-me os óculos..."