Temas que acalentam a chusma: um cartaz psicadélico
aludindo à filiação de Jesus, as fotografias da deputada numa coisa chamada
Tinder. Confesso a deslocação, estou para Jesus como essa coisa chamada Tinder
está para mim. Nem sabia que existia. Mas gosto de hordas ofendidas, exigindo
pedidos de desculpa. Quanto tempo tivemos de esperar pelos pedidos de desculpa
da Igreja à humanidade sobre temas bem menos graves tais como Inquisição? Ainda
não fiz as contas, tenho andado ocupadíssimo com as fotografias da deputada. Mas
é fazê-las, as contas. Porreiro, pá. Ocorreu-me, no entanto, a possibilidade de
inscrever Jesus no Tinder. É provável que se desse bem com a deputada, mas mais
provável ainda é que se desse bem com o pasquim matutino. Já estou a ver a
parangona: Jesus adere a site de encontros e partilha fotografias ousadas na
rede social, entre elas uma em tons psicadélicos a informar de que tem dois
pais. Outra ideia que me ocorreu foi inscrever o próprio pasquim, se é que não
está já inscrito. O pasquim ou o seu director ou algum dos acólitos com a
divina missão de espiolhar a vida alheia. Tristonhas profissões, estas de
Jesus, da deputada e dos mexeriqueiros (não lhes chamem jornalistas, por
favor). Um a foder, outro a ser fodido, outro a ver quem fode. Venha o povo e
escolha.
2 comentários:
Partilho do desamor pelas hordas ofendidas que exigem pedidos de desculpas. Mas também não gosto do humorismo nos partidos partidos políticos. E sobretudo não gosto que se esqueçam das crianças, em nome de quem foi alterada a lei e que nada ganham com crispações sociais potenciadas pelo pseudo humor de publicitários incompetentes.
Eu acho isto tudo muito parvo. Pela parte que me toca, podiam ir todos às missas uns dos outros. Ninguém daria pela diferença.
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