terça-feira, 28 de março de 2017

DESLEIXO

Vindo do banco, atravessei o Parque e parei na Casa dos Barcos. À porta, o anúncio a uma exposição dedicada a António Pedro e ao Teatro. Entrei. Não estava ninguém, nem à porta, nem dentro. Cartazes pendurados no tecto formavam um estendal em cruz que atravessava a sala, algumas mesas com livros protegidos por caixas de acrílico, muitas folhas coladas às paredes. Algumas folhas, descoladas, caídas pelo chão. Desleixo sem qualquer amadorismo, simples desleixo. Coisas que se fazem para se poder dizer que se fez alguma coisa. Não faz sentido. O António Pedro merecia melhor, o teatro ainda mais.

Sem comentários: